segunda-feira, 15 de outubro de 2007

No matem el toro! Matem el toreador!


Como sempre acontece quando vivemos numa nova cidade, novos caminhos se colocam. Novos trajetos, novos percursos, novas idéias. Eis que agora cruzo com um dos mais onipotentes edifícios de Lisboa, a Praça de Touros, mais especificamente, no Campo Pequeno. Esta é uma área da cidade interessante, mas completamente desconhecida para mim, nunca fez parte da minha rota habitual. Bem, mas como agora sou uma estudante universitária...

Sim. Para aqueles que ainda não sabem, cometi o ato monstro de ingressar em um Mestrado em Antropologia (não vamos nos aprofundar muito neste assunto...). Para ir à universidade, salto, pois, no Campo Pequeno. Vou dentro do meu autocarro (o nosso velho conhecido ônibus) e mal aperto o botão de stop (aqui pare é stop. pode?) e me surge às vistas aquele colosso, uma Praça de Touros evidentemente árabe!

Ao contrário da Espanha, as touradas não são tão populares em Portugal. Já foram. Existem hoje país adentro várias praças abandonadas, saudosas pelas práticas das touradas, o que vivamente me faz crer no potencial de modernidade que esse país tem! Os meus colegas antropólogos que me desculpem, mas não me venham com essa de relativização cultural. Como dizia alguém numa música: no matem el toro! matem el toreador!

Viva Portugal! Viva a Praça quase sem Touros!

9 comentários:

Mayra Cunha disse...

o prédio é mesmo muito bonito. estranho que não parece arquitetura comum em portugal, estou certa? hoje estive conversando com colegas aqui na tv que acabaram de chegar de férias em lisboa: apaixonados pelo lugar. só meu deu mais vontade de pegar uma certa TAP e cair aí pra te visitar.

beijocas.

flávia diab disse...

mayroca, em algumas partes é bem comum. Não se esqueça da ocupação árabe na península ibérica que deixou marcas na arquitetura, comida, língua... Aqui principalmente no sul, no Algarve e no Alentejo. Estamos te esperando!! pra logo, please! beijocas

Unknown disse...

Flá, apesar de não fazer parte do tema central do seu texto, fiquei intrigada com o que você quis dizer com "ato monstro"...

beijos mata-atlântica!

flávia diab disse...

ah carol... é uma monstruosidade consigo mesmo um mestrado. digo eu.

beijos ponta-ibérica!

pordosol disse...

como sabe, tenho passado a maior parte do tempo na fazenda. por isso, só agora estou acessando seu blog pela primeira vez. bão dimais da conta, mió qui pão di queijuuu.


bjs nocê e no edgar

Arthur Tadeu Curado disse...

Fala mais aí do Mestrado. Tamo curioso. To trabalhando com o Marcos Vinícius, e só hj descobri que a minha encomenda que vc deixou ta com ele.
Estamos a mil, com três projeto até dezembro.
Saudades
Beijos cerrado-seco

Roberta AR disse...

oi, achei também. foi seu marido que me falou daqui. volto sempre.
beijos

Aurinha disse...

Que lindo esse prédio? Como é que não fomos lá conhecer?
Ato monstro fazer o mestrado?!
KAKAKA!
Ato monstro é eu fazer o doutorado nessa idade! Vocês deviam ter me internado quando tive essa idéia!
Se eu tô guentando, você também guenta!
dtapdb
Beijo grande,
DindAurinha

estúdio santa luz disse...

Flávia querida, eres então uma estudante. Que maravilha, acho que não existe jeito melhor de se conhecer um lugar, se obrigar a sair de casa e ainda pagar meia entrada. Suerte! Bem, até onde sei não se matam os touros nas toradas em Portugal. Falar nisso dia destes fui olhar para as fotos que fiz do bezerro abatido e não é que é forte menina, quase chorei. Assim vamos por nossas incongruências. Um beijo enorme.