segunda-feira, 22 de outubro de 2007

instruções para vista sob o tejo


1. posicione-se em algum lugar de interesse
2. desligue os ouvidos
3. deixe a retina percorrer
4. escreva um verso sincero
5. beba uma cerveja

o meu saiu assim:

para um belo final de tarde durador, siga as minhas instruções mais sinceras, sobre o miradouro do adamastor.
saudades (sim, é verdade) do lago paranoá. até já.


acharam muito infame? bem, posso dizer que foi sincero.

bom dia, boa noite e boa semana.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

No matem el toro! Matem el toreador!


Como sempre acontece quando vivemos numa nova cidade, novos caminhos se colocam. Novos trajetos, novos percursos, novas idéias. Eis que agora cruzo com um dos mais onipotentes edifícios de Lisboa, a Praça de Touros, mais especificamente, no Campo Pequeno. Esta é uma área da cidade interessante, mas completamente desconhecida para mim, nunca fez parte da minha rota habitual. Bem, mas como agora sou uma estudante universitária...

Sim. Para aqueles que ainda não sabem, cometi o ato monstro de ingressar em um Mestrado em Antropologia (não vamos nos aprofundar muito neste assunto...). Para ir à universidade, salto, pois, no Campo Pequeno. Vou dentro do meu autocarro (o nosso velho conhecido ônibus) e mal aperto o botão de stop (aqui pare é stop. pode?) e me surge às vistas aquele colosso, uma Praça de Touros evidentemente árabe!

Ao contrário da Espanha, as touradas não são tão populares em Portugal. Já foram. Existem hoje país adentro várias praças abandonadas, saudosas pelas práticas das touradas, o que vivamente me faz crer no potencial de modernidade que esse país tem! Os meus colegas antropólogos que me desculpem, mas não me venham com essa de relativização cultural. Como dizia alguém numa música: no matem el toro! matem el toreador!

Viva Portugal! Viva a Praça quase sem Touros!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

eu LISBOetA








então foi assim. quando vi passaram-se 330 dias. hã? é. não se percebe mesmo. 330 coisas novas por dia. 330 pensamentos novos por dia. 330 saudades por dia. mais 330 curiosidades, nem sempre assim por dia. 330 + 330 + 330 descobertas. 330 flávias que me aparecem, às vezes por dia.

estou em lisboa a 330 dias. quero mostrar as palavras e as imagens e as idéias e as raivas e os amores que me acontecem. quero aproveitar meu estrangeirismo que olha sempre diferente pras coisas que são comuns cá. deixar escrito e poder olhar pra isso daqui não sei quanto tempo. talvez daqui mais outros 300 e não sei quantos dias. porque nosso olho está sempre a mudar.

para os que estão longe, ficarem de perto. e então assim, espiar um pouco eu, lisboeta.